Peritos militares internacionais vão iniciar no dia 29 a fiscalização do processo de desarmamento do braço armado da Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, revelou o Governo.
Em conferência de imprensa no final da 81ª ronda negocial entre o Governo moçambicano (Frelimo) e a Renamo, o chefe da delegação governamental, José Pacheco, afirmou que os peritos militares vão começar a trabalhar nas cinco províncias escolhidas para o acompanhamento do processo de desarmamento, a partir do dia 29.
“O trabalho está em franco progresso. Nós adoptámos que, a partir do dia 29, as equipas já vão desdobrar-se para ocupar as posições nas quatro províncias. A partir daí, processam-se os actos conducentes à integração na polícia e nas Forças Armadas, assim como a reinserção económica e social dos homens armados da Renamo”, afirmou José Pacheco.
O chefe da delegação do Governo adiantou que já se encontram em Moçambique peritos militares de sete dos nove países escolhidos para monitorar o desarmamento da Renamo, faltando apenas especialistas militares dos EUA e de Inglaterra.
Portugal é um dos nove países convidados pelo Estado moçambicano para integrar a equipa de peritos militares internacionais que vão acompanhar o desarmamento do braço armado da Renamo.
O desarmamento da Renamo é parte do acordo que o líder do movimento, Afonso Dhlakama, assinou no dia 05 de Setembro com o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, visando acabar com pouco mais de um ano e meio de confrontos entre o braço armado do principal partido da oposição e as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas, principalmente na região centro do país.